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Chega de fiu-fiu: assédio contra a mulher vira crime de ódio em condado britânico

Cantadas e outras abordagens machistas podem estar com os dias contados em condado britânico

Fiu-fiu, comentários pejorativos e ofensivos, cantadas, abordagens agressivas… 



Quem é mulher, sabe: caminhar pelas ruas, em paz, é praticamente impossível em qualquer lugar do mundo. Em Nottinghamshire, condado na Inglaterra, todo e qualquer assédio pode estar com os dias contados, para nossa alegria. Agora, o assédio contra as mulheres praticado nas ruas é considerado crime de ódio e misoginia pela polícia do condado britânico, uma medida que visa diminuir casos de abuso e violência sexual.



Motivados pela cultura machista, esses casos podem ser levados à polícia para investigação e devida punição dos acusados. Além do assédio nas ruas, serão investigados casos de abuso online, pela internet e redes sociais, e até mesmo revenge porn. Todas essas violências se enquadram no crime de ódio e misoginia criado pelo condado britânico.


Nas ruas, não será tolerado qualquer comportamento abusivo e violento contra as mulheres, de simples cantadas ao contato forçado e violento, sem consentimento ou permissão por parte das vítimas. Convites inapropriados e fotos não autorizadas também entram nessa lista.

      “Estamos felizes por liderar o caminho no ataque contra a misoginia em suas diversas formas”, afirma Sue Fish, chefe de polícia, sobre o condado ser o primeiro do país a criar uma nova categoria entre os crimes de ódio. “É importante para conduzir os crimes e tornar Nottinghamshire um local seguro para as mulheres”, explica.”O que elas passam em seu dia a dia é inaceitável e pode ser destrutivo”, completa.


Nos Estados Unidos, 99% das mulheres revelaram ter sofrido algum tipo de assédio ou abuso nas ruas. No Brasil, os números não são muito distantes: 86% delas confirmaram episódios de assédio em espaços públicos em suas cidades. A proposta de Nottinghamshire tem por objetivo mostrar que essas condutas não serão mais ignoradas e relevadas pela sociedade. É um caminho que muitos outros países, estados e cidades poderiam tomar como exemplo.